segunda-feira, 11 de novembro de 2013


    A nossa vida toma rumos perfeitos, que nem sempre é o que planejamos, mas se encaixam perfeitamente. Ela é incomensurável, não dá para planejar cada passo da nossa vida, não dá para limitá-la a planos e projetos, muitos podem pensar que esse seja um conceito simplório, insensato, mas analisemos, vivemos fazendo planos; sonhamos em ser ricos, em uma  casa  linda, um carro do ano, um emprego maravilhoso, um marido fiel, filhos perfeitos, mas se isso não acontece nos frustamos, não estou generalizando, mas a maioria pensa dessa forma, pensamos demais no futuro e esquecemos do presente, esquecemos de que o futuro depende do presente. Viver possui um conceito muito amplo. Metafisicamente, a vida é um processo contínuo de relacionamentos. O próprio conceito de vida já é demasiado amplo, tentar defini-la então, é muito mais difícil. A minha intenção nesse texto é explicitar que, não importa o quanto planejamos, a nossa vida sempre tomará rumos diferentes, não porque o destino é cruel, mas sim porque ele é justo e que a melhor definição para isso seria PERFEIÇÃO, porque isso acontece por acaso. A vida te dá o que você precisa, não o que você deseja, muitas vezes o que precisamos é muito menos do que almejamos.  É da imperfeição que encontramos o perfeito, até porque sem um não existiria o outro. Aceite e viva melhor!  Como diria Charles Chaplin: "A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos."

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Triste Fim de Policarpo Quaresma


          É um romance brasileiro, do ilustríssimo escritor carioca Lima Barreto, considerada como o principal percursor do pré-modernismo, a obra conta a história do Major Policarpo Quaresma que se transforma em um nacionalista radical, vive com a irmã Adelaide no Rio de Janeiro. Patriota de Corpo e alma, era obcecado pelo desenvolvimento nacional, propôs reformas culturais, políticas e agrícolas (nenhuma deu certo) como a reforma linguística, em que ele tenta mudar a língua falada no país para o tupi, depois uma reforma agrícola, em que compra um sítio e tenta plantar nele - já que, para ele, as terras do Brasil são as mais férteis -, o que também não dá certo (as pragas e saúvas prejudicam seu negócio e não há retorno financeiro suficiente para o reinvestimento nas plantações), e por último, o que acarretou na sua maior decepção, foi o político, em que ele participa da guerra, vira carcereiro e lá vê oficiais matando prisioneiros. Policarpo, ingênuo, manda uma carta a Floriano Peixoto e é preso e acusado de traição à pátria e isso acarreta a sua morte injusta. Por causa desse nacionalismo exacerbado, Policarpo, é internado em um hospício.
      Qualquer semelhança entre a vida de Lima Barreto e Policarpo pode ser uma simples coincidência, pois Lima Barreto, assim como o Major Policarpo Quaresma foi internado em um hospício, mas o romance Triste Fim de Policarpo Quaresma foi publicado em 1911, em folhetins, e Lima Barreto teve sua primeira internação 3 anos depois, em 1914.
      O texto também pode ser lido como um embate entre a utopia e a realidade, pois o sonhe de Quaresma acaba por levá-lo a um final trágico, sendo condenado á morte pelas próprias forças militares que o apoiava.