Triste Fim de Policarpo Quaresma
É um romance brasileiro, do ilustríssimo escritor carioca Lima Barreto, considerada como o principal percursor do pré-modernismo, a obra conta a história do Major Policarpo Quaresma que se transforma em um nacionalista radical, vive com a irmã Adelaide no Rio de Janeiro. Patriota de Corpo e alma, era obcecado pelo desenvolvimento nacional, propôs reformas culturais, políticas e agrícolas (nenhuma deu certo) como a reforma linguística, em que ele tenta mudar a língua falada no país para o tupi, depois uma reforma agrícola, em que compra um sítio e tenta plantar nele - já que, para ele, as terras do Brasil são as mais férteis -, o que também não dá certo (as pragas e saúvas prejudicam seu negócio e não há retorno financeiro suficiente para o reinvestimento nas plantações), e por último, o que acarretou na sua maior decepção, foi o político, em que ele participa da guerra, vira carcereiro e lá vê oficiais matando prisioneiros. Policarpo, ingênuo, manda uma carta a Floriano Peixoto e é preso e acusado de traição à pátria e isso acarreta a sua morte injusta. Por causa desse nacionalismo exacerbado, Policarpo, é internado em um hospício.
Qualquer semelhança entre a vida de Lima Barreto e Policarpo pode ser uma simples coincidência, pois Lima Barreto, assim como o Major Policarpo Quaresma foi internado em um hospício, mas o romance Triste Fim de Policarpo Quaresma foi publicado em 1911, em folhetins, e Lima Barreto teve sua primeira internação 3 anos depois, em 1914.
O texto também pode ser lido como um embate entre a utopia e a realidade, pois o sonhe de Quaresma acaba por levá-lo a um final trágico, sendo condenado á morte pelas próprias forças militares que o apoiava.
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