quinta-feira, 19 de setembro de 2013

As confissões do jovem Werther

      Werther é um dos primeiros romances da era modernista e uma das primeiras obras de Johan W. Von Goethe. Foi por um tempo muito censurado pela sociedade europeia da época, por ser considerado um livro que induzia ao suicídio, pois os jovens que cometeram suicídio se envolveram muito na obra e na  profundida das palavras que Goethe empregou neste romance.
      Foi um livro produzido a partir de cartas que Werther enviava a seu amigo, citado no livro como Wilhelm. Goethe põe um pouco de sua história no livro, pois ele também já passou por um fracasso amoroso, um amor não correspondido. Muitos lugares são mudados de nome no livro, e algumas partes são fictícias inclusive o final.
      Por cartas Werther fala ao amigo o amor que ele sente por Charlotte, uma bela jovem, simpática e generosa que ele conheceu em uma aldeia chamada Wahlhem - nome fictício. Charlotte tinha perdido a mãe a aproximadamente 6 meses e ficou responsável pelos cuidados de seus irmãos mais novos, todos viviam com o pai. Werther sabia que Charlotte estava comprometida com Alberto, que estava viajando a negócios, pois há pouco tempo também tinha perdido seu pai, mas mesmo assim continuou alimentando seu amor por ela, até o momento em que ele se frustra com a realidade de não poder consumar este amor. É um romance pequeno, do século XVIII muito rico, diversificado e recomendado!

domingo, 15 de setembro de 2013

O Drama de um Jovem Rei

Há muitos anos um lindo e inteligente príncipe sonhava em encontrar um grande amor. Seu pai, o Rei Joaquim, estava muito doente e o próximo a possuir a coroa era ele, o príncipe Felipe.  Viviam apenas os dois no grande palácio. Felipe não queria errar na escolha da rainha que governaria junto com ele o reino. Sonhava com uma rainha amável, gentil, e transparente.
 O maior medo do futuro rei era de que sua futura mulher valorizasse mais as riquezas do que ele a mesmo, mais o privilégios da corte do que o seu amor. Seu pai achava a preocupação um tanto quanto imatura, chegou muitas vezes a questionar se ele era mesmo digno da coroa, e o achava frágil.
Felipe consultou os sábios para saber com não errar na sua decisão, e escolher a rainha certa. Os sábios disseram que ele se casasse com uma jovem rica, de preferência a filha de um rei de outra nação, para alargar as fronteiras de seu poder como rei.
Desanimado com os conselhos que lhe deram, Felipe saiu pelo bosque para tentar encontrar outra solução. Depois de horas pensando, caiu-lhe algo na cabeça. Quando olhou para ver o que era se deparou com uma semente vermelha e pequena.  Quando deu por si, havia encontrado sua resposta.
Resolveu promover uma festa para que todas as moças interessadas em casar-se com ele pudessem se apresentar.  E assim se fez.
No palácio trabalhava uma serva, que possui uma linda sobrinha que ela cuidava desde muito pequena, seu nome era Sofia. Quando soube que o príncipe iria se casar Sofia comunicou a sua tia que iria se apresentar como candidata. Sofia conhecia o príncipe somente por que sua tia falava da bondade, simplicidade e inteligência do jovem herdeiro.
Muitas pessoas chegavam até Sofia e diziam:
- Você esta delirando, nunca a sobrinha de uma criada será uma rainha, estais sonhando com o impossível.
Muito triste Sofia rebatia dignamente a arrogância dessas pessoas:
- Nós somos pobres, mas somos seres humanos! O dinheiro compra carruagens, mas não compra a felicidade, compra ouros e joias, mas não compra o valor de uma pessoa.
 Apesar de ser pobre, Sofia queria e merecia ser tratada com dignidade. Sabia que não tinha chance nenhuma de ser rainha, mas queria mostrar a todos que podia muito mais do que achavam que ela podia. Sofia tinham três joias que valiam mais que diamantes: a simplicidade, transparência e generosidade, por isso muitas pessoas gostavam da sua presença.
O grande dia chegou. Ao ver Sofia com trajes simples, algumas jovens não contiveram o sorriso e zombaram sem piedade da pobre moça.
De repente, ao som de trombetas, o príncipe entra no grande salão. Todas estavam ansiosas, não sabiam o que as aguardava. Um grande silêncio se fez, e subitamente o príncipe abriu a boca e lançou um desafio às todas elas:
- Cada uma de vocês receberá uma semente para ser cultivada. Daqui três meses darei um grande baile, e vocês terão que me apresentar esta semente depois de cultivada. Aquele que me trouxer a mais linda flor será a escolhida.
Animadas a maioria das jovens saíram do palácio com a certeza que seriam escolhidas, pois o desafio do príncipe era muito simples.
Várias pretendentes, julgando-se espertas, achavam que o príncipe escolhia na verdade aquela que possuísse os cabelos, as vestes, e os movimentos do corpo tão belos quanto uma flor.
Todas plantaram suas sementes, inclusive Sofia, apesar de pouco entender de jardinagem, ela cuidava da terra com toda ternura, imaginava na bela flor que surgiria.
Passaram-se dias e a planta não nasceu, ficou preocupada e redobrou os cuidados. Duas semanas passaram e o broto nada de surgir. Aconselhou-se com pessoas experientes. Alguns jardineiros diziam que ela havia colocado água demais, outras que ele teria que colocar o vaso para receber um pouco mais da luz do sol, outros foram ainda mais diretos:
- Se nada surgiu em quinze dias, dificilmente sairia alguma coisa dali.
Sofia começou a ficar desesperada, e via seu sonho cada vez mais distante. Apesar do medo, não conseguia esquecer o amor que sentia pelo príncipe. Mesmo assim, Sofia não desistiu e junto com as gotas de água caiam no vaso também suas lágrimas de tristeza.
Os três meses se passaram, a flor não brotou e seu coração se entristeceu. Algumas pessoas aconselharam que ela plantasse outra semente. Afinal de contas, ninguém descobriria. Não acatou os conselhos.
Mesmo abatida Sofia decidiu levar seu vaso, mesmo sem planta.
- Será um vexame, desista! – diziam os amigos
Até sua tia tentou impedir que ela fosse àquele baile. Vendo o sofrimento de sua tia, Sofia começou a chorar e para consola-la Sofia disse-lhe:
- Poderei passar vergonha mais uma vez, titia, mas serei honesta comigo mesma. Não consegui cultivar a semente e vou assumir meu erro.
Chegando ao baile, Sofia se deparou com todas as outras pretendentes segurando vasos com as mais lindas flores, de muitas espécies e muito coloridas. Os vestidos delas combinavam com as cores das pétalas. Era algo sublime.
Ao ver a sobrinha da criada entrando no salão, mais uma vez, várias pretendentes debocharam dela. Agora debochavam, não somente pelo simples modo de vestir, mas sim porque seu vaso não tinha flor, não possuía vida. Humilhada começou a entrar em pânico e pensou em desistir.
De repente as cornetas reais tocaram. Todas se puseram em roda. Quando príncipe chegou e se aproximou de cada uma delas, olhava para seus olhos e para a formosura da flor. Em seguida, perguntava seu nome.
Quando chegou diante de Sofia e viu o vaso sem flor e seu vestido molhado pelas lágrimas, abaixou a cabeça e nem seu nome perguntou. As moças que estavam próximas não se conteram e começaram a rir. O pai do príncipe sempre presente observava atentamente os gestos do filho. Depois de algumas horas, e de analisar flor por flor curiosamente, Felipe sentou-se no trono. E revelou que sua decisão já havia sido tomada, e que a jovem que ele tirasse para dançar seria a escolhida. O príncipe foi para o meio do salão, passou os olhos na roda de mulheres e, para surpresa de todos, foi até Sofia, beijou suas mãos, e, emocionado, perguntou-lhe o nome. Sofia respondeu e começou a chorar. Todos estavam surpresos com a decisão do príncipe.
Então, calmamente, Felipe explicou em voz alta:
- Para se tornar minha rainha Sofia não cultivou nenhuma flor em três meses, pois ela já havia cultivado a mais bela das flores: a da honestidade, da transparência, da coragem e da dignidade. Todas as sementes que entreguei a vocês eram estéreis e delas não poderia nascer nenhuma flor. Portanto, a única pessoa que foi transparente, que foi digna dessa coroa, que enfrentou sua vergonha, seu medo, deboche e provou seu amor incondicional por mim foi a Sofia.
Os sábios do reino ficaram boquiabertos, jamais viram tamanha sabedoria. Seu pai não escondia o orgulho que sentia do filho. E todos os presentes, inclusive a demais pretendentes, caíram em aplauso. Aplaudiram a inteligência do rei e a sensibilidade e transparência da rainha.

sábado, 7 de setembro de 2013

O Diário de Anne Frank

                 Um livro que emociono e continua emocionando milhões de pessoas ao redor do mundo. Trata-se de um diário que Anne M. Frank começou a escrever aos 13 anos de idade, durante a segunda Guerra Mundial, quando ela ganhou de presente de aniversário a Kitty, seu diário que ela nomeou. Ela manteve seu diário do dia 12 de Junho de 1942 até 1° de agosto de 1944. Neste diário contava a rotina de oito pessoas que viveram em uma Anexo Secreto. Foram dois anos muito angustiantes, isolados do mundo exterior, enfrentaram a fome, o tédio e a terrível realidade do confinamento além da ameaça de serem descobertos e mortos. Neste Anexo viviam Anne Frank, seu pai Otto Frank, sua mãe Edith Frank e Margot a irmã mais velha, o Senhor Van Daan, sua esposa e o filho Peter, que se tornou grande amigo de Anne, além do Sr. Dussel, um dentista e amigo que a família decidiu ajudar a se esconder dos nazistas.
             Anne narra a rotina das oito pessoas no anexo, mas o grande tema da história, além de se tratar da Segunda Guerra Mundial é o seu péssimo relacionamento com a mãe a quem muitas vezes ela diz não amar e sim odiar, a sua admiração pelo pai, e a  grande amizade que ela possui com Peter.
             Em alguns momentos no diário ele declara a vontade de fazer um romance chamado, O Anexo Secreto, depois que a guerra acabasse baseado nas memórias do diário, principalmente depois de ouvir numa transmissão radiofônica um membro do parlamento holandês dizer que depois da guerra esperava recolher testemunhos oculares e colocar a disposição do público.
            Três dias depois da sua última anotação no diário, em 4 de agosto, as oito pessoas do Anexo são descobertas e presas.Otto Frank foi o único a sobreviver aos campos de concentração. Anne Frank morreu em 1945 por conta de uma epidemia de tifo durante o inverno, alguns dias antes sua irmã havia morrido da mesma forma, sua mãe morreu de fome e exaustão, os demais morreram também no campo de concentração.
          Otto Frank casou-se novamente, e durante a vida se dedicou a espalhar a mensagem do diário de sua filha ao mundo, morreu em 1980.
          Em 1947, O Diário de Anne Frank é lançado, mas não não íntegra alguns trechos Otto Frank preferiu omitir, seis décadas depois de ser escrito finalmente foi publicado por completo, incluindo fotos e os trechos inédito. Este obra é considerada um dos mais importantes livros do século XX.
"Um dia vazio, mesmo claro e puro
Como qualquer noite é escuro." 
( pequeno poema escrito por Anne Frank que está em seu diário)