segunda-feira, 11 de novembro de 2013


    A nossa vida toma rumos perfeitos, que nem sempre é o que planejamos, mas se encaixam perfeitamente. Ela é incomensurável, não dá para planejar cada passo da nossa vida, não dá para limitá-la a planos e projetos, muitos podem pensar que esse seja um conceito simplório, insensato, mas analisemos, vivemos fazendo planos; sonhamos em ser ricos, em uma  casa  linda, um carro do ano, um emprego maravilhoso, um marido fiel, filhos perfeitos, mas se isso não acontece nos frustamos, não estou generalizando, mas a maioria pensa dessa forma, pensamos demais no futuro e esquecemos do presente, esquecemos de que o futuro depende do presente. Viver possui um conceito muito amplo. Metafisicamente, a vida é um processo contínuo de relacionamentos. O próprio conceito de vida já é demasiado amplo, tentar defini-la então, é muito mais difícil. A minha intenção nesse texto é explicitar que, não importa o quanto planejamos, a nossa vida sempre tomará rumos diferentes, não porque o destino é cruel, mas sim porque ele é justo e que a melhor definição para isso seria PERFEIÇÃO, porque isso acontece por acaso. A vida te dá o que você precisa, não o que você deseja, muitas vezes o que precisamos é muito menos do que almejamos.  É da imperfeição que encontramos o perfeito, até porque sem um não existiria o outro. Aceite e viva melhor!  Como diria Charles Chaplin: "A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos."

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Triste Fim de Policarpo Quaresma


          É um romance brasileiro, do ilustríssimo escritor carioca Lima Barreto, considerada como o principal percursor do pré-modernismo, a obra conta a história do Major Policarpo Quaresma que se transforma em um nacionalista radical, vive com a irmã Adelaide no Rio de Janeiro. Patriota de Corpo e alma, era obcecado pelo desenvolvimento nacional, propôs reformas culturais, políticas e agrícolas (nenhuma deu certo) como a reforma linguística, em que ele tenta mudar a língua falada no país para o tupi, depois uma reforma agrícola, em que compra um sítio e tenta plantar nele - já que, para ele, as terras do Brasil são as mais férteis -, o que também não dá certo (as pragas e saúvas prejudicam seu negócio e não há retorno financeiro suficiente para o reinvestimento nas plantações), e por último, o que acarretou na sua maior decepção, foi o político, em que ele participa da guerra, vira carcereiro e lá vê oficiais matando prisioneiros. Policarpo, ingênuo, manda uma carta a Floriano Peixoto e é preso e acusado de traição à pátria e isso acarreta a sua morte injusta. Por causa desse nacionalismo exacerbado, Policarpo, é internado em um hospício.
      Qualquer semelhança entre a vida de Lima Barreto e Policarpo pode ser uma simples coincidência, pois Lima Barreto, assim como o Major Policarpo Quaresma foi internado em um hospício, mas o romance Triste Fim de Policarpo Quaresma foi publicado em 1911, em folhetins, e Lima Barreto teve sua primeira internação 3 anos depois, em 1914.
      O texto também pode ser lido como um embate entre a utopia e a realidade, pois o sonhe de Quaresma acaba por levá-lo a um final trágico, sendo condenado á morte pelas próprias forças militares que o apoiava.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

A Cabeça Bem-Feita

Edgar Morin traz nos textos, do seu livro a Cabeça Bem Feita, entre outras, a discussão acerca da fragmentação da nossa inteligência, e da fragmentação do conhecimento no ensino básico e o prejuízo que essa separação causa em nós. Essa fragmentação impede as pessoas de desenvolverem uma visão ampla sobre o mundo. Nossa inteligência tem uma capacidade estratégica de fragmentar o conhecimento e a informação que adquirimos ao longo da vida o que, de certa forma, prejudica no desenvolvimento da nossa inteligência geral. Separar o conhecimento e as informações que adquirimos, é limitar a nossa capacidade de reflexão, discussão e argumentação. É o que ocorre, também, na educação básica, os conteúdos são separados em disciplinas - matemática, física, português, história – e o conhecimento é dividido em áreas - ciências humanas, ciências extas, ciências da natureza – o que impede a interação do aluno com os assuntos e com o conhecimento.

“Efetivamente, a inteligência que só sabe separar, fragmenta o complexo do mundo em pedaços separados, fraciona os problemas, unidimensionaliza o multidimensional. Atrofia as possibilidades de compreensão e de reflexão, eliminando assim as oportunidades de um julgamento corretivo ou de uma visão a longo prazo.”
(MORIN, Edgar, p.14)

Para resolver esse problema, Edgar Morin, propõe uma reforma do ensino, de forma que o aluno estabeleça contato com todas essas disciplinas de forma integrada no conhecimento, que é interdisciplinar. Não é simplesmente junta-las, e estuda-las como um todo, e sim conhecer as fronteiras de cada uma, transforma-las, e obter uma ligação entre elas (as disciplinas). Mas, Edgar Morin, afirma: “A reforma do ensino deve levar a reforma do pensamento, e a reforma do pensamento deve levar á reforma do ensino.” Isto quer dizer que tem que haver uma reciprocidade, para se reformular o ensino é necessário haver, em igual proporção, a reforma do pensamento e vice versa. E no caso de começar reformulando o ensino, seria ideal transformar os princípios organizadores do conhecimento, transformar o que gera as fronteiras entre as disciplinas e integra-las na educação básica de forma que, o aluno aprenda a interagir o conhecimento com a vida, usando a informação adquirida em algo produtivo tanto para a inteligência geral dele, quanto para a educação de todos ao redor dele.
Com a transformação das fronteiras entre as disciplinas, o aluno começa a trabalhar a sua inteligência geral, e com isso ele de deixa de fracionar os problemas e produzem mais possibilidades de tratar, de várias formas, esses problemas.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

O tempo na Narrativa- Benedito Nunes

“A noção em senso comum de tempo é inerente ao ser humano, visto que todos somos, em princípio, capazes de reconhecer e ordenar a ocorrência dos eventos percebidos pelos nossos sentidos. Medir o tempo significa em princípio registrar coincidências.”
Benedito Nunes em seu livro, O Tempo na Narrativa, discorre sobre a importância do tempo em uma obra literária. A princípio ele faz uma comparação entre a narrativa e a música, no sentindo em que ambas dão um conteúdo ao tempo, mas depois ele faz a distinção, em que a narrativa preenche o tempo com a matéria dos acontecimentos na forma de uma sequência. E a música mede o tempo e subdividi-o. Ele faz a distinção do tempo nos vários gêneros narrativos e toma como base A poética, de Aristóteles. A Poética é um conjunto de anotações das aulas de Aristóteles que trata sobre o tema da poesia e da arte em sua época. Apesar de ser uma obra registrada por volta de 335 e 323 a.C, é até hoje referência para muitos teóricos da literatura e das artes em geral.
Para o professor W. D. Ross “A Poética está longe de ser uma teoria da poesia em geral, menos ainda das belas-artes. No entanto contém talvez maior número de ideias fecundas sobre a arte que qualquer outro livro.”
Aristóteles referia-se ao tempo na tragédia como o tempo que se limita, tanto quanto possível, ao período de um dia. E a Epopeia tem uma duração de tempo ilimitada. Ele definiu as regras da Epopeia a partir das obras Odisséia e Ilíada, de Homero, onde os acontecimentos narrados na Ilíada teriam durado 47 dias, e os da Odisséia 50 dias.
Já na teoria dos gêneros, o épico e no dramático se aproximam do ponto de vista do tempo, porque ambos nos colocam sempre diante de eventos aos quais os personagens da obra se situam. Nesses gêneros, portanto, o tempo é inseparável dos acontecimentos que o preenchem.

O tempo cronológico e o tempo histórico

Émile Benveniste distingue, o tempo físico e do psíquico, o cronológico, que é o tempo dos acontecimentos, englobando a nossa própria vida. O tempo cronológico, por esse aspecto ligado ao físico, firma o sistema dos calendários. Dentro do tempo cronológico, temos o tempo litúrgico, das celebrações religiosas, sagrado, é também pontual quanto á significação dos acontecimentos que as comemorações ritualísticas reatualizam. Outra expressão específica da mesma temporalidade cronológica é o tempo político, dos eventos cívicos, repetitivos, cíclico sem sua direção e progressivo em sua significação, pois que a celebração desses eventos provoca avaliação do passado ou cria a expectativa do futuro. O tempo político é também uma vertente o tempo histórico, que se engrena no cronológico, tomando por base os calendários.
O tempo histórico representa a duração das formas históricas de vida, e podemos dividi-los por intervalos curtos ou longos. Os intervalos curtos se ajustam a acontecimentos singulares: guerras, revoluções, migrações, sucessos políticos, etc. Os intervalos longos correspondem a uma rede complexa de fatos ou a um processo: formação da cidade grega, advento do capitalismo, etc.

Tempo físico e tempo psicológico

Newton distinguiu o tempo relativo, “aparente e vulgar”, do tempo absoluto, “verdadeiro e matemático”, comparável a um relógio universal único, que funcionasse uniformemente, em correlação com o espaço, ao qual também atribui caráter absoluto.
Einstein relativizou o tempo físico, levando em consideração acontecimentos simultâneos-aqueles que acorrem ao mesmo tempo. Com isso Einstein formulou a ideia da interdependência do espaço e do tempo ou da quadridimensionalidade do Universo- que quer dizer: entre dois eventos simultâneos não existe uma relação espacial absoluta ou uma relação temporal absoluta.
O primeiro traço do tempo psicológico é a sua permanente descoincidência com as medidas temporais objetivas. Enquanto o tempo físico se traduz com mensurações precisas que se baseiam em estalões unitários constantes, para o cômputo da duração, o psicológico se compõe de momentos imprecisos, que se aproximam ou tendem a fundir-se, o passado indistinto do presente abrangendo, ao sabor de sentimentos e lembranças, “intervalos heterogêneos incomparáveis”.

Tempo linguístico e tempos verbais

Tempo linguístico, tempo do discurso, que não se reduz ás divisões do tempo cronológico, revela a condição intersubjetividade da comunicação linguística. É a partir dos personagens, dos enunciados a respeito deles ou daqueles que proferem que fica demarcado o presente da enunciação: os dêiticos, hoje, amanhã, depois, funcionam dentro de um intercâmbio linguístico que se passa entre esses interlocutores. O tempo linguístico dependerá do ponto de vista da narrativa.
O tempo físico, o tempo psicológico, o tempo histórico e o tempo linguístico são formas diferentes do tempo real. Contudo, a primazia na representação comum do tempo real cabe á forma quantitativa, contínua e irreversível, em que se entrecruzam a objetiva do tempo físico com sucessão regular do presente ao passado e do presente ao futuro do tempo cronológico.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013






O Anjo Mais Velho - O Teatro Mágico


"O dia mente a cor da noite

E o diamante a cor dos olhos
Os olhos mentem dia e noite a dor da gente"

Enquanto houver você do outro lado
Aqui do outro eu consigo me orientar
A cena repete a cena se inverte
Enchendo a minha alma daquilo que outrora eu deixei de acreditar

Tua palavra, tua história
Tua verdade fazendo escola
E tua ausência fazendo silêncio em todo lugar

Metade de mim
Agora é assim
De um lado a poesia, o verbo, a saudade
Do outro a luta, a força e a coragem pra chegar no fim
E o fim é belo incerto... Depende de como você vê
O novo, o credo, a fé que você deposita em você e só

Só enquanto eu respirar
Vou me lembrar de você
Só enquanto eu respirar..

Só enquanto eu respirar
Vou me lembrar de você
Só enquanto eu respirar..

Enquanto houver você do outro lado
Aqui do outro eu consigo me orientar
A cena repete a cena se inverte
Enchendo a minha alma d'aquilo que outrora eu deixei de acreditar

Tua palavra, tua história
Tua verdade fazendo escola
E tua ausência fazendo silêncio em todo lugar

Metade de mim
Agora é assim
De um lado a poesia o verbo a saudade
Do outro a luta, a força e a coragem pra chegar no fim
E o fim é belo incerto... Depende de como você vê
O novo, o credo, a fé que você deposita em você e só

Só enquanto eu respirar
Vou me lembrar de você
Só enquanto eu respirar...

Só enquanto eu respirar
Vou me lembrar de você
Só enquanto eu respirar..

E o fim é belo incerto... Depende de como você vê
O novo, o credo, a fé que você deposita em você e só

Só enquanto eu respirar
Vou me lembrar de você
Só enquanto eu respirar..

Só enquanto eu respirar
Vou me lembrar de você
Só enquanto eu respirar..

Link: http://www.vagalume.com.br/o-teatro-magico/o-anjo-mais-velho.html#ixzz2hkrbKf6b

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

 A primeira vez que eu pisei em um teatro de verdade para assistir uma peça, ou nesse caso partes de alguns dos sucessos de um grupo, foi em 2010. Um projeto realizado pelo Instituto Unibanco, chamado Entre Jovens, e que possibilita até hoje a alunos de escolas públicas monitorias das disciplinas que eles tem dificuldades, e proporciona também alguns momento de lazer, como cinema e teatro me proporcionou também conhecer o G7.
           G7 é um grupo de comédia, e um das peças mais conhecidas deles é: Como Passar em um Concurso Público. O grupo é formado por quatro integrantes, são eles: Felipe Gracindo, Frederico Braga, Benetti Mendes e Rodolfo Cordón. Todos formados, mas apenas um têm formação em Artes Cênicas, os outros são Advogados e Jornalista. Eles se conheciam desde o ensino médio, onde surgiu a ideia de formar um grupo de teatro e essa ideia se estendeu pela faculdade, em 2001 eles montaram a primeira peça, Baseado em Fatos Reais, e a partir daí eles começaram a fazer sucesso, apresentando-se também em outros estados brasileiros.
Para quem quiser conhecer mais sobre o grupo, é só acessar: http://www.simplesmenteg7.com
MAROON 5


Maroon 5 é uma banda pop rock americana que surgiu em Los Angeles, na California.  Eu como uma fã hoje, só conheci essa banda em 2012, por conta de um dos trabalhos deles, e o mais recente Overexposed. A banda é composta por cinco integrantes Adam Levine, James Valentine, PJ Morton, Mickey Madden, Matt Flynn, sendo Adam Levine o vocalista, o segundo da direita para a esquerda. Todos os integrantes, exceto James Valentim, o guitarrista que está entre os outros quatro na foto, se conhecem desde a adolescencia, onde formaram a primeira banda, Kara's Flowers, que não fizeram tanto sucesso como eles esperavam. Alguns anos depois quando já estavam na faculdade, eles refizeram os planos, e em 2001 James Valentim entra para a banda e ela é rebatizada de Maroon, alguns meses depois eles acrescentam o 5. Ela não é tão conhecida  no Brasil como Beyoncé, que eu também adoro, é, mas assim como todas as bandas estão ganhando cada vez mais fama pelo maravilhoso trabalho que realizam. Até hoje eles só lançaram 4 álbuns de estúdio. Ela foi formada em 1995, mas só começou afazer sucesso entre 2001-2002, quando lançaram o primeiro álbun como Maroon 5, Songs About Jane (2002).

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

As confissões do jovem Werther

      Werther é um dos primeiros romances da era modernista e uma das primeiras obras de Johan W. Von Goethe. Foi por um tempo muito censurado pela sociedade europeia da época, por ser considerado um livro que induzia ao suicídio, pois os jovens que cometeram suicídio se envolveram muito na obra e na  profundida das palavras que Goethe empregou neste romance.
      Foi um livro produzido a partir de cartas que Werther enviava a seu amigo, citado no livro como Wilhelm. Goethe põe um pouco de sua história no livro, pois ele também já passou por um fracasso amoroso, um amor não correspondido. Muitos lugares são mudados de nome no livro, e algumas partes são fictícias inclusive o final.
      Por cartas Werther fala ao amigo o amor que ele sente por Charlotte, uma bela jovem, simpática e generosa que ele conheceu em uma aldeia chamada Wahlhem - nome fictício. Charlotte tinha perdido a mãe a aproximadamente 6 meses e ficou responsável pelos cuidados de seus irmãos mais novos, todos viviam com o pai. Werther sabia que Charlotte estava comprometida com Alberto, que estava viajando a negócios, pois há pouco tempo também tinha perdido seu pai, mas mesmo assim continuou alimentando seu amor por ela, até o momento em que ele se frustra com a realidade de não poder consumar este amor. É um romance pequeno, do século XVIII muito rico, diversificado e recomendado!

domingo, 15 de setembro de 2013

O Drama de um Jovem Rei

Há muitos anos um lindo e inteligente príncipe sonhava em encontrar um grande amor. Seu pai, o Rei Joaquim, estava muito doente e o próximo a possuir a coroa era ele, o príncipe Felipe.  Viviam apenas os dois no grande palácio. Felipe não queria errar na escolha da rainha que governaria junto com ele o reino. Sonhava com uma rainha amável, gentil, e transparente.
 O maior medo do futuro rei era de que sua futura mulher valorizasse mais as riquezas do que ele a mesmo, mais o privilégios da corte do que o seu amor. Seu pai achava a preocupação um tanto quanto imatura, chegou muitas vezes a questionar se ele era mesmo digno da coroa, e o achava frágil.
Felipe consultou os sábios para saber com não errar na sua decisão, e escolher a rainha certa. Os sábios disseram que ele se casasse com uma jovem rica, de preferência a filha de um rei de outra nação, para alargar as fronteiras de seu poder como rei.
Desanimado com os conselhos que lhe deram, Felipe saiu pelo bosque para tentar encontrar outra solução. Depois de horas pensando, caiu-lhe algo na cabeça. Quando olhou para ver o que era se deparou com uma semente vermelha e pequena.  Quando deu por si, havia encontrado sua resposta.
Resolveu promover uma festa para que todas as moças interessadas em casar-se com ele pudessem se apresentar.  E assim se fez.
No palácio trabalhava uma serva, que possui uma linda sobrinha que ela cuidava desde muito pequena, seu nome era Sofia. Quando soube que o príncipe iria se casar Sofia comunicou a sua tia que iria se apresentar como candidata. Sofia conhecia o príncipe somente por que sua tia falava da bondade, simplicidade e inteligência do jovem herdeiro.
Muitas pessoas chegavam até Sofia e diziam:
- Você esta delirando, nunca a sobrinha de uma criada será uma rainha, estais sonhando com o impossível.
Muito triste Sofia rebatia dignamente a arrogância dessas pessoas:
- Nós somos pobres, mas somos seres humanos! O dinheiro compra carruagens, mas não compra a felicidade, compra ouros e joias, mas não compra o valor de uma pessoa.
 Apesar de ser pobre, Sofia queria e merecia ser tratada com dignidade. Sabia que não tinha chance nenhuma de ser rainha, mas queria mostrar a todos que podia muito mais do que achavam que ela podia. Sofia tinham três joias que valiam mais que diamantes: a simplicidade, transparência e generosidade, por isso muitas pessoas gostavam da sua presença.
O grande dia chegou. Ao ver Sofia com trajes simples, algumas jovens não contiveram o sorriso e zombaram sem piedade da pobre moça.
De repente, ao som de trombetas, o príncipe entra no grande salão. Todas estavam ansiosas, não sabiam o que as aguardava. Um grande silêncio se fez, e subitamente o príncipe abriu a boca e lançou um desafio às todas elas:
- Cada uma de vocês receberá uma semente para ser cultivada. Daqui três meses darei um grande baile, e vocês terão que me apresentar esta semente depois de cultivada. Aquele que me trouxer a mais linda flor será a escolhida.
Animadas a maioria das jovens saíram do palácio com a certeza que seriam escolhidas, pois o desafio do príncipe era muito simples.
Várias pretendentes, julgando-se espertas, achavam que o príncipe escolhia na verdade aquela que possuísse os cabelos, as vestes, e os movimentos do corpo tão belos quanto uma flor.
Todas plantaram suas sementes, inclusive Sofia, apesar de pouco entender de jardinagem, ela cuidava da terra com toda ternura, imaginava na bela flor que surgiria.
Passaram-se dias e a planta não nasceu, ficou preocupada e redobrou os cuidados. Duas semanas passaram e o broto nada de surgir. Aconselhou-se com pessoas experientes. Alguns jardineiros diziam que ela havia colocado água demais, outras que ele teria que colocar o vaso para receber um pouco mais da luz do sol, outros foram ainda mais diretos:
- Se nada surgiu em quinze dias, dificilmente sairia alguma coisa dali.
Sofia começou a ficar desesperada, e via seu sonho cada vez mais distante. Apesar do medo, não conseguia esquecer o amor que sentia pelo príncipe. Mesmo assim, Sofia não desistiu e junto com as gotas de água caiam no vaso também suas lágrimas de tristeza.
Os três meses se passaram, a flor não brotou e seu coração se entristeceu. Algumas pessoas aconselharam que ela plantasse outra semente. Afinal de contas, ninguém descobriria. Não acatou os conselhos.
Mesmo abatida Sofia decidiu levar seu vaso, mesmo sem planta.
- Será um vexame, desista! – diziam os amigos
Até sua tia tentou impedir que ela fosse àquele baile. Vendo o sofrimento de sua tia, Sofia começou a chorar e para consola-la Sofia disse-lhe:
- Poderei passar vergonha mais uma vez, titia, mas serei honesta comigo mesma. Não consegui cultivar a semente e vou assumir meu erro.
Chegando ao baile, Sofia se deparou com todas as outras pretendentes segurando vasos com as mais lindas flores, de muitas espécies e muito coloridas. Os vestidos delas combinavam com as cores das pétalas. Era algo sublime.
Ao ver a sobrinha da criada entrando no salão, mais uma vez, várias pretendentes debocharam dela. Agora debochavam, não somente pelo simples modo de vestir, mas sim porque seu vaso não tinha flor, não possuía vida. Humilhada começou a entrar em pânico e pensou em desistir.
De repente as cornetas reais tocaram. Todas se puseram em roda. Quando príncipe chegou e se aproximou de cada uma delas, olhava para seus olhos e para a formosura da flor. Em seguida, perguntava seu nome.
Quando chegou diante de Sofia e viu o vaso sem flor e seu vestido molhado pelas lágrimas, abaixou a cabeça e nem seu nome perguntou. As moças que estavam próximas não se conteram e começaram a rir. O pai do príncipe sempre presente observava atentamente os gestos do filho. Depois de algumas horas, e de analisar flor por flor curiosamente, Felipe sentou-se no trono. E revelou que sua decisão já havia sido tomada, e que a jovem que ele tirasse para dançar seria a escolhida. O príncipe foi para o meio do salão, passou os olhos na roda de mulheres e, para surpresa de todos, foi até Sofia, beijou suas mãos, e, emocionado, perguntou-lhe o nome. Sofia respondeu e começou a chorar. Todos estavam surpresos com a decisão do príncipe.
Então, calmamente, Felipe explicou em voz alta:
- Para se tornar minha rainha Sofia não cultivou nenhuma flor em três meses, pois ela já havia cultivado a mais bela das flores: a da honestidade, da transparência, da coragem e da dignidade. Todas as sementes que entreguei a vocês eram estéreis e delas não poderia nascer nenhuma flor. Portanto, a única pessoa que foi transparente, que foi digna dessa coroa, que enfrentou sua vergonha, seu medo, deboche e provou seu amor incondicional por mim foi a Sofia.
Os sábios do reino ficaram boquiabertos, jamais viram tamanha sabedoria. Seu pai não escondia o orgulho que sentia do filho. E todos os presentes, inclusive a demais pretendentes, caíram em aplauso. Aplaudiram a inteligência do rei e a sensibilidade e transparência da rainha.

sábado, 7 de setembro de 2013

O Diário de Anne Frank

                 Um livro que emociono e continua emocionando milhões de pessoas ao redor do mundo. Trata-se de um diário que Anne M. Frank começou a escrever aos 13 anos de idade, durante a segunda Guerra Mundial, quando ela ganhou de presente de aniversário a Kitty, seu diário que ela nomeou. Ela manteve seu diário do dia 12 de Junho de 1942 até 1° de agosto de 1944. Neste diário contava a rotina de oito pessoas que viveram em uma Anexo Secreto. Foram dois anos muito angustiantes, isolados do mundo exterior, enfrentaram a fome, o tédio e a terrível realidade do confinamento além da ameaça de serem descobertos e mortos. Neste Anexo viviam Anne Frank, seu pai Otto Frank, sua mãe Edith Frank e Margot a irmã mais velha, o Senhor Van Daan, sua esposa e o filho Peter, que se tornou grande amigo de Anne, além do Sr. Dussel, um dentista e amigo que a família decidiu ajudar a se esconder dos nazistas.
             Anne narra a rotina das oito pessoas no anexo, mas o grande tema da história, além de se tratar da Segunda Guerra Mundial é o seu péssimo relacionamento com a mãe a quem muitas vezes ela diz não amar e sim odiar, a sua admiração pelo pai, e a  grande amizade que ela possui com Peter.
             Em alguns momentos no diário ele declara a vontade de fazer um romance chamado, O Anexo Secreto, depois que a guerra acabasse baseado nas memórias do diário, principalmente depois de ouvir numa transmissão radiofônica um membro do parlamento holandês dizer que depois da guerra esperava recolher testemunhos oculares e colocar a disposição do público.
            Três dias depois da sua última anotação no diário, em 4 de agosto, as oito pessoas do Anexo são descobertas e presas.Otto Frank foi o único a sobreviver aos campos de concentração. Anne Frank morreu em 1945 por conta de uma epidemia de tifo durante o inverno, alguns dias antes sua irmã havia morrido da mesma forma, sua mãe morreu de fome e exaustão, os demais morreram também no campo de concentração.
          Otto Frank casou-se novamente, e durante a vida se dedicou a espalhar a mensagem do diário de sua filha ao mundo, morreu em 1980.
          Em 1947, O Diário de Anne Frank é lançado, mas não não íntegra alguns trechos Otto Frank preferiu omitir, seis décadas depois de ser escrito finalmente foi publicado por completo, incluindo fotos e os trechos inédito. Este obra é considerada um dos mais importantes livros do século XX.
"Um dia vazio, mesmo claro e puro
Como qualquer noite é escuro." 
( pequeno poema escrito por Anne Frank que está em seu diário)

sábado, 24 de agosto de 2013

     

A primeira vez


         Sentada em frente ao computador, tento escrever algo que nunca experimentei na vida; uma crônica. para muitos pode ser a coisa mais simples do mundo, mas para mim não é. Confesso que não funciono sobre pressão. Se eu estivesse em um ônibus, andando no parque ou simplesmente não estivesse fazendo nada e sentisse uma grande necessidade de escrever, acredito que essa crônica sairia facilmente e a espontaneidade ajudaria nessa construção.
         Não possuía o hábito de escrever as minhas criações. Ás vezes, na rua, caminhando, até mesmo na sala de aula, eu criava um poema, uma frase inspirada no momento, mas, como não registrava nenhuma delas no papel, eu as perdi todas...
esquecidas na minha memória.
             Percebo hoje, o quento teria sido importante  e útil todas essas criações registradas. Ao menos para mim, seria uma forma de me recordar da minha história sem precisar recorrer as minhas memórias. Quem garante que elas irão me contar tudo quando eu precisar? Grandes ideias minhas podem não voltar mais, como pedaços de mim que vivo buscando.
                 No fim, esta é a minha primeira crônica e de certa forma ela irá me contar o que provavelmente  minha memória não contaria: meu esforço em fazer minha primeira crônica. Hoje comecei a passar minhas percepções do mundo e de mim para mim o papel. As palavras me dão as mãos numa nova experiência...




sábado, 17 de agosto de 2013


Li um grande Romance Histórico: Os Três Mosqueteiros, escrito pelo escritor francês Alexandre Dumas. Assim como muitos livros de época, Os Três Mosqueteiros, foi inicialmente publicado como folhetim em um jornal. Os folhetins tinham a intenção de prender a atenção do leitor e ao mesmo tempo incentivar a venda do jornal. Para quem não sabe os folhetins tem a característica de publicar diariamente, ou semanalmente o trecho de um livro. Foi dessa forma que Os Três Mosqueteiros foi Publicado, mas surge uma grande curiosidade: Por que “Os Três Mosqueteiros” se na verdade são quatro? Na verdade o livro conta a história de um jovem rapaz chamado D’Artagnan, que vai para Paris com o sonho de fazer parte da companhia dos Mosqueteiros do rei, lá ele conhece os Três Mosqueteiros: Porthos, Athos e Aramis, eles se tornam grandes amigos e enfrentam grandes aventuras juntos. Apesar disso d’Artagnan não se torna um Mosqueteiro porque havia uma regra na companhia em que antes de se tornarem mosqueteiros os jovens tinham que passar dois anos em treinamento, foi o que aconteceu com D’artagnan. Mas depois de uma grande batalha chamada cerco de La Rochelle, os mosqueteiros voltam para Paris, onde d'Artagnan é promovido a tenente. Ai é que esta a lógica, d’artagnam não era um mosqueteiro, pelo fato de não ter lutado como um, mas de coração ele sempre foi, desde o início do livro. Os mosqueteiros existiram de verdade, no romance eles protegem o Rei Luís XIII, mas na história da França os mosqueteiros foram extintos por Luís XVI, por razões financeiras.


Vale muito a pena ler!

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Para refletir


              Alguém já imaginou em ter uma chefe como Miranda Priestly, personagem de Meryl Streep, no filme "O Diabo Veste Prada"? Principalmente no primeiro emprego como aconteceu com Andrea Sachs,  personagem de Anne Hathaway? 
            Miranda Priestly é editora-chefe da revista runway e sempre faz com que seus funcionários trabalhem o máximo para garantir sempre o sucesso da revista, por ser muito exigente ela acaba sendo odiada pelos seus funcionários e Andrea, uma de suas secretárias, acaba sofrendo com as muitas exigências da chefe.
              Recentemente li um artigo muito interessante na revista Forbes, apesar de ser uma revista de economia possui muitos outros conteúdos interessantes,o nome do artigo em inglês é "20 Things 20-Year-Olds Don't Get". Nesse artigo, Jason Nazar, autor e contribuinte da revista fala que Meryl Streep como Miranda Priestly, seria o tipo de chefe ideal para qualquer pessoa que esta ingressando no mercado de trabalho, pois a fase do primeiro emprego é a fase mais maleável na carreira profissional, o valores que você aprende ali será levado para a vida toda. Ter um chefe que exija excelência, perfeição, agilidade e que te faça superar os próprios limites é ter um pessoa que te ajude a construir uma base sólida para o sucesso profissional, que acredita que você consegue mais do que você acha que pode. Achei super interessante essa ideia, pois sempre via Miranda Priestly como uma chefe megera que eu nunca queria ter, mas as vezes nossos conceitos são reformulados e passamos a ver as coisas de outra forma.

Para quem se interessar, esta ai o artigo: http://www.forbes.com/sites/jasonnazar/2013/07/23/20-things-20-year-olds-dont-get/